Em pleno
coração do Vale do Lima, a beleza castiça e peculiar da vila mais antiga de
Portugal esconde raízes profundas e lendas ancestrais. Foi a Rainha D. Teresa
quem, na longínqua data de 4 de Março de 1125, outorgou carta de foral à vila,
referindo-se à mesma como Terra de Ponte. Anos mais tarde, já no século XIV, D.
Pedro I, atendendo à posição geoestratégica de Ponte de Lima, mandou
muralhá-la, pelo que o resultado final foi o de um burgo medieval cercado de
muralhas e nove torres, das quais ainda restam duas, vários vestígios das
restantes e de toda a estrutura defensiva de então, fazendo-se o acesso à vila
através de seis portas.
A ponte,
que deu nome a esta nobre terra, adquiriu sempre uma importância de grande
significado em todo o Alto Minho, atendendo a ser a única passagem segura do
Rio Lima, em toda a sua extensão, até aos finais da Idade Média. A primitiva
foi construída pelos romanos, da qual ainda resta um troço significativo na margem
direita do Lima, sendo a medieval um marco notável da arquitectura, havendo
muito poucos exemplos que se lhe comparem na altivez, beleza e equilíbrio do
seu todo. Referência obrigatória em roteiros, guias e mapas, muitos deles
antigos, que descrevem a passagem por ela de milhares de peregrinos que
demandavam a Santiago de Compostela e que ainda nos dias de hoje a transpõem
com a mesma finalidade.
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