A "Estrada Atlântica" liga a praia de Osso da Baleia, ( perto da Figueira da Foz) à Nazaré. Tem 70 km de comprimento, e na maior parte deles também tem uma ciclovia de 62 km perfeitamente arranjada ao longo da estrada.
Neste nosso passeio partimos de São Pedro de Moel até à Nazaré descemos um pouco mais até São Martinho do Porto e só no regresso percorremos as praias da Estrada Atlântica entre Nazaré e São Pedro de Moel.
O farol do Penedo da Saudade é um farol português que se localiza em São Pedro de Moel, freguesia e concelho da Marinha Grande, distrito de Leiria. Trata-se de uma torre quadrangular de cantaria, com edifício anexo revestido a azulejos cor castanho avermelhado e farolim vermelho. Tem 32 metros de altura.
Nazaré
A Nazaré é uma vila do distrito de Leiria, situada na província da Estremadura, e integra a Comunidade do Oeste na Região Centro. É sede de um pequeno município de 15158 habitantes (2011) subdividido em 3 freguesias. O actual espaço urbano da vila aglutina três antigos povoados, Pederneira, Sítio da Nazaré e Praia da Nazaré e novos bairros da segunda metade do século XX, como a Urbisol ou o Rio Novo, surgidos em consequência da expansão natural dos três núcleos primitivos.
O município, e a freguesia designaram-se Pederneira até 1912, ano em que, por lei, o topónimo foi alterado para Nazaré. O antigo concelho da Pederneira teve foral em 1514, dado por D. Manuel I, e esteve integrado nos coutos de Alcobaça.
A Pederneira, actualmente um dos bairros da vila da Nazaré, mantém ainda o edifício dos antigos Paços do Concelho, o pelourinho, a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Areias e a igreja da Misericórdia, como testemunhos da sua antiga condição de vila sede de concelho.
O topónimo Nazaré está intrinsecamente ligado à Lenda de Nossa Senhora da Nazaré.
Ao longo do século XX, a Nazaré evoluiu progressivamente de uma vila piscatória para uma vila dedicada ao turismo, tendo sido um dos primeiros pontos de interesse turístico internacional em Portugal. A indústria do turismo é hoje um dos principais empregadoras da vila.
Farol da Nazaré está localizado no forte de São Miguel Arcanjo , é um farol de uma lanterna redonda, vermelho vivo, de ferro, com varandim de serviço, montada na parede do forte. A luz está dois segundos ligada e dois segundos desligada.
Farol da Nazaré para os locais, Forte de São Miguel para os "palecos" (1), o monumento foi aberto ao público em 2015 e, desde então, é um dos mais visitados do concelho. Situado no promontório do Sítio, a fortificação foi mandada construir em 1577, pelo rei D. Sebastião, para defesa do povoado piscatório da Pederneira, cujo porto era uma referência da época. Depois de vários projetos é em 1644 que o rei D. João IV ordena a sua remodelação e ampliação, dando-se as obras por concluídas nesse ano, atendendo à data inscrita no lintel do portal. Como sentinela vigilante da fortaleza ficou São Miguel Arcanjo, padroeiro de muitos santuários, construídos geralmente em lugares altos. Outro dado curioso é que na fachada, em cima do portal da entrada, D. João IV mandou colocar uma imagem em pedra calcária de São Miguel Arcanjo, com a legenda “ELREY DOM JUAN-1644”.
(1) Paleco é um termo utilizado pelos nazarenos para designar os turistas portugueses que os visitam, especialmente na época balnear.
Praia do Norte - Actualmente, a grande atracção desta vila são as ondas e o surf, graças ao “Canhão da Nazaré”, um fenómeno geomorfológico submarino que permite a formação de ondas gigantes e perfeitas. Trata-se do maior desfiladeiro submerso da Europa, com cerca de 170 quilómetros ao longo da costa, que chega a ter 5000 metros de profundidade.
E hoje é impossível falar da Nazaré sem referir o recorde mundial da maior onda já surfada, de 30 metros, estabelecido por Garrett McNamara na Praia do Norte, em Novembro de 2011.
Devido à projecção mundial que têm as ondas gigantes da Nazaré, a vila tornou-se na anfitriã dos maiores campeonatos internacionais de surf e recebe muitos desportistas desta modalidade, assim como milhares de curiosos e de turistas que vêm apreciar as suas corajosas demonstrações.
Secagem do Peixe
A tradição de secar o peixe é de origem pouco conhecida, mas seria a melhor maneira de conservar o pescado para os dias de escassez. Seria desta forma que as peixeiras garantiam o sustento para as suas famílias, mas também lhes permitia ter peixe para vender nos mercados da região.
As espécies mais utilizadas são o carapau, os batuques, a sardinha, a petinga, o cação, e o polvo, devido à sua abundância.
Na Nazaré distinguem-se duas formas de secagem: o peixe seco e o enjoado, com características de preparação e de consumo diferentes.
O peixe é primeiro “amanhado”, processo de tirar as tripas do peixe, depois é lavado e passado por uma salmoura feita com água e sal grosso. Por fim é aberto ou escalado, estendido nos paneiros e posto ao sol. A secagem dura cerca de 2 a 3 dias, dependendo das condições atmosféricas.
Cada espécie de peixe tem uma forma diferente de secagem. O carapau, os batuques e o cação são abertos ou escalados, mas a petinga e a sardinha já são secas inteiras, bem como o polvo.
É a sul da praia, quase em frente ao Centro Cultural da Nazaré, que se encontra o Estindarte, como nós chamamos ao estendal de secagem de pescado, onde as várias peixeiras secam e vendem o peixe ali exposto.
São Martinho do Porto
São Martinho do Porto é uma vila encantadora situada numa baía linda e calma ligada ao oceano por uma abertura estreita o que lhe confere uma exclusividade fora do comum. À volta da baía estende-se uma praia de areia e dunas.
Finalmente - a Estrada Atlântica
A praia do Vale Furado
A Praia de Vale Furado tem um fina língua de areal muito extensa, com cerca de 1,5 Km. Nalgumas áreas da zona centro, fica submersa pelos avanços do mar.
Esta costa altera bastante a porção de areal disponível consoante o período das marés.
A arriba contém diversas nascentes de água doce ao longo do seu comprimento, tendo esta característica natural atribuído o nome à praia.
O acesso é feito pela zona Norte junto às casas de Vale Furado.
Tem uma população sazonal, e do miradouro, que é simultaneamente um parque de estacionamento, pode observar-se os contornos do litoral mas também aspectos invulgares que a Natureza moldou nas arribas fósseis. Daqui partem os dois acessos para a praia, sendo o da direita mais fácil e o da esquerda íngreme e sinuoso, acompanhado por uma ribeira que termina numa pequena cascata.
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